Viagem Efémera (Set 95)
(foto olhares.com)
Era um fim de tarde cinzento,
onde bailava uma brisa muito ténue.
Ténue como o canto de um rouxinol;
O rouxinol parou de cantar.
E foi então, ouvindo o nada que ficou, que aspirei ser tudo:
quis espraiar-me pela natureza e ser árvore e ser sol
e ser ave dourada sob o resquício do Verão...
Voei. Voei e perdi-me na lembrança desse sonho.
Perdi-me na vontade súbita de ser algo num sítio qualquer...
Perdi-me na emocionante ideia de ser
presa e predador, fogo e orvalho;
de ser o relâmpago que fulmina a árvore mais antiga;
de ser a água turbulenta que abraça barcos, pescadores e casas;
na emocionante ideia de ser as intempéries que devoram o porto ancestral;
O rouxinol cantou.
Canta agora o doce canto das fadas denunciando a magia que paira no ar.
E lá vai Um, e Dois, Três duendes a dançar.
E eis que desaparece o Um,
e cai o Dois
e foge o Três, no seu cavalo branco a voar!
Sonhei um belo dia a doçura suave da tenra folha de plátano,
que flutua pelos ares outonais, até ir ternamente acariciar a relva côr-de- ouro...
Sonhei, voei, vivi...
Era um fim de tarde cinzento,
onde bailava uma brisa muito ténue.
Ténue como o canto de um rouxinol;
O rouxinol parou de cantar.
E foi então, ouvindo o nada que ficou, que aspirei ser tudo:
quis espraiar-me pela natureza e ser árvore e ser sol
e ser ave dourada sob o resquício do Verão...
Voei. Voei e perdi-me na lembrança desse sonho.
Perdi-me na vontade súbita de ser algo num sítio qualquer...
Perdi-me na emocionante ideia de ser
presa e predador, fogo e orvalho;
de ser o relâmpago que fulmina a árvore mais antiga;
de ser a água turbulenta que abraça barcos, pescadores e casas;
na emocionante ideia de ser as intempéries que devoram o porto ancestral;
O rouxinol cantou.
Canta agora o doce canto das fadas denunciando a magia que paira no ar.
E lá vai Um, e Dois, Três duendes a dançar.
E eis que desaparece o Um,
e cai o Dois
e foge o Três, no seu cavalo branco a voar!
Sonhei um belo dia a doçura suave da tenra folha de plátano,
que flutua pelos ares outonais, até ir ternamente acariciar a relva côr-de- ouro...
Sonhei, voei, vivi...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home