18 fevereiro 2008

9 Fevereiro...






















(olhares.com)


Sol, mar, um murmúrio suave.
Uma gaivota paira no céu azul sentindo a brisa gentil que passa.
Sinto a areia quente nos dedos e apetece-me ficar assim,
estática, como o réptil q suga os raios de sol.
O meu pensamento está tão inconstante como as ondas
que brincam com conchas e com as algas mortas.
Penso em tudo e em nada e a minha respiração suaviza-se.
Os pensamentos já soltos vão e vêm trazendo momentos,
pessoas e sentimentos... frases perdidas... palavras solitárias.
A consciência de mim e do que me rodeia esbate-se
dando lugar a uma sensação de plena satisfação, uma quase felicidade.
Um tremor desperta-me, mas mantenho os olhos fechados,
permaneço quieta, apenas apurando o olfato e a audição.
Não se ouvem vozes, apenas o grito de uma gaivota perdida.
O marulhar do mar traz consigo o cheiro a maresia,
e o sargaço espalhado pela beira mar lembra-me os despojos da minha alma.
Sinto-me entorpecida pelo aconchego que o calor me traz.
Deslizo de mim e entro devagarinho num mundo de sonho...
Aí eu sou o teu porto de abrigo e o teu mundo enche o meu universo
de um sem número de coisas tão boas quanto inconfessáveis...
Aí o que te dou e o que sou faz de ti a pessoa mais feliz do mundo.
Aí somos as peças do puzzle que encaixa e que se completa sem hesitar:
Tu escreves e eu pinto,
Eu componho e tu cantas,
Tu idealizas e eu materializo.
Aí nós somos um só e uma enorme felicidade ...