20 julho 2009

Um dia... chego lá! :o)





















olhares.com



Há períodos em que as nossas vidas correm... velozes ou não... mas correm. Eles fluem naturalmente sem grandes sobressaltos. Estes últimos meses não percebi bem como, mas lá arranjei maneira de fazer a minha vida andar.... aos trambolhões. Hummmm... Sim, é isso mesmo. A minha vida tem andado aos trambolhões!
No outro dia pensava que há gente que parece ter uma vida tão côr-de-rosinha. E foi pensando nisto que dei por mim a dividir a vida em dois tipos: vidas côr-de-rosa e vidas estúpidas.
Do alto da minha incapacidade para ter longos períodos rosadinhos e fofinhos percebo que os tempos que não são bons, não são necessariamente maus, mas podem ser efectivamente ESTÚPIDOS! (E agora ocorreu-me que provavelmente este parágrafo não terá grande utilidade, mas adiante.) Nestes meus últimos e longos meses tenho tido uma panóplia de coisas interessantes a acontecer: Confusão generalizada... incertezas... dúvidas existenciais... tomadas de decisão forçadas... intranquilidade... tomada de opções muito pouco opcionais e por aí fora. Apesar de muitos períodos felizes, não sei bem se côr-de-rosinha, posso portanto afirmar com toda a certeza que os meus últimos dezoito meses, têm sido definitivamente estúpidos. (Hummm Pronto! Agora sim, tenho a certeza: este parágrafonão é perfeitamente inutil no desenrolar deste texto... lol)
Mas bem, tudo começou com uma questão fundamental: mudança profissional.
Mudar só por mudar? Ou mudar mesmo, tipo de área... sim ou não? Sim. Arriscar, mas... e agora? Começar tudo de novo?
E aí surgem de imediato as OUTRAS dúvidas: crise de identidade.
O que tenho? O que queria ter, mas não tenho? O que faço importa? Para onde vou? Como gostaria de ir? O que é que não quero para mim? E o que é que quero afinal? As minhas decisões definem quem sou ou só limam a pessoa que sempre fui?
Bom, enchi os pulmões de ar e lá fui eu: mudei. Mudei e não me arrependo.
A sério que não, mas... uma vez mais tenho a ideia que optei pelo caminho mais árduo.
Mudei motivada pelo entusiasmo pela mudança, por entrar numa nova área, de viver novas experiências profissionais. E de facto eu não estava mal, apenas precisava de algo novo. E por isso, mesmo perante todas as evidências e factos sobejamente conhecidos, mudei. Em 15 dias tive a noção exacta da realidade alternativa para onde entrei. E uma vez mais constatei que não chega querer mudar e ter boa vontade. Na nova empresa, nada do que parecia ser era de facto e em sete meses e meio lá estou eu de novo a pensar. FICAR? Impossível!
NOVA MUDANÇA. Mais tranquilidade? Nop. Nem por isso. Mas melhorou? Sim, em muitos aspectos, sem dúvida alguma que sim. E por isso lá continuo: um passo para a frente hoje e dois para trás amanhã para dar três para frente no dia a seguir... e a busca continua.
Bom, posto isto a conclusão que se tira parece-me lógica: o fio condutor na minha vida é o meu lado profissional, certo? E isso é exactamente o quê? :-/
Permitam-me a presunção de tentar fazer uma auto-análise não muito errada quando me olho e digo que para mim o trabalho e o tanto que desejo alcançar o sucesso profissional é o escape óbvio para não olhar de frente a minha vida pessoal. Para não querer pensar nas TANTAS VEZES que não me basto. Ou nas tantas vezes em que sinto ter a vida nas mãos e não saber o que fazer com ela. Ou em todas as vezes em que percebo que espero demasiado e cedo pouco. E em todas as vezes que almejo ser outra pessoa qualquer e poder ver de fora a minha vida e assim talvez perceber o tanto de mim que ainda não percebo. E ainda nas muitas, muitas vezes que me fico pelo querer deixar de ter medo de sentir de braços e peito aberto. (Achavam que eu não tinha o descernimento de ver isto? Nã!!)
Novidades?
Nada de novo a não ser esta vontade de não pensar tanto e de realmente não ter medo:
não ter Medo de falhar, nem Medo sofrer ou muito menos Medo de viver!
Mas com jeitinho... eu chego lá!
:o)