29 janeiro 2007

Sonho de Amor (Maio 2000)
























(olhares.com)



Mais uma tarde que principiava

e o vento soprou ligeiro.

Deitada naquele velho campo,

roçando a mesma velha relva sonhava contigo:

como seria bom eu ser relva e tu seres chuva;

eu ser árvore e tu seres fruto,

nós sermos um só…

Mas… seria Utopia? Ou talvez ilusão:

por cima aquele intenso mar azul

iluminando cá em baixo

todo o constante flirt que é a vida…

Aí surgido do nada

tocas-me e olhas-me intensamente.

Agora enebriada pelo o teu doce hálito,

sinto-te trespassar o meu corpo com Amor…

Então o nosso beijo durou uma estação,

o amadurecimento de uma romã,

o fermentar de um vinho qualquer.

E se de súbito havias surgido do sonho,

desse eterno e alucinante mar de mosto,

de imediato te evaporaste na efemeridade da vida.