Sonho de Amor (Maio 2000)
(olhares.com)
Mais uma tarde que principiava
e o vento soprou ligeiro.
Deitada naquele velho campo,
roçando a mesma velha relva sonhava contigo:
como seria bom eu ser relva e tu seres chuva;
eu ser árvore e tu seres fruto,
nós sermos um só…
Mas… seria Utopia? Ou talvez ilusão:
por cima aquele intenso mar azul
iluminando cá em baixo
todo o constante flirt que é a vida…
Aí surgido do nada
tocas-me e olhas-me intensamente.
Agora enebriada pelo o teu doce hálito,
sinto-te trespassar o meu corpo com Amor…
Então o nosso beijo durou uma estação,
o amadurecimento de uma romã,
o fermentar de um vinho qualquer.
E se de súbito havias surgido do sonho,
desse eterno e alucinante mar de mosto,
de imediato te evaporaste na efemeridade da vida.
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