18 janeiro 2007

O Acaso











(foto olhares.com)


Um dia, um acaso, um reencontro.
Tanto tempo passado e encontravam-se de novo, frente a frente.
Surpresa.

Um dia, há tantos anos atrás, ele fora a sua "salvação".
No pior momento da sua vida, ele esteve lá com uma ajuda providencial. Naquele momento, ele esteve presente, de semblante severo, onde ela acreditava ter visto uma óbvia expressão de reprovação. Desde então, ela sentira-se constrangida sempre que ele se encontrava por perto, com aquele ar circunspecto e distante.
Seria então impossível ela imaginar a pessoa escondida por detrás daquele semblante carregado.

Tanto tempo depois, encontram-se um perante o outro e a surpresa estupidamente inesperada tirou-lhes os pés do chão. O rapaz que nunca se mostrou e que ela conhecia mal, deu lugar a um homem que se quis dar a conhecer melhor. A menina que ele conhecera, era hoje uma mulher que ele jamais imaginara.

Quando falou com aquele timbre grave mas melodioso, ela sorriu. Ele sorriu também, e o seu sorriso apresentou-se franco. Ela riu ao sentir um embaraço crescente. Ele também riu. Riu com um riso dinâmico que a fez sentir-se em casa.
Ela activou então o seu travão emocional e tentou seguir com o seu caminho indiferente ao impacto daquele reencontro tão improvável.

Mas repentinamente o seu caminho parecia conduzi-la sempre ao mesmo destino: aquele ser tão estranho, mas não tão indiferente como ela gostaria que ele fosse. Ela percebeu o homem encantador em que ele se tornou: um homem afectuoso, bem humorado, terno e apaixonado. Na verdade ela não se lembrava de ver aquela expressão, aquele olhar profundo, aquele sorriso delicioso à 15 anos atrás...

Sem que disso se apercebesse, um bem estar inebriante apoderava-se de si sempre que se encontrava ao seu lado... Sem que o previsse, ansiou por pequenos momentos junto de dele... Sem o conseguir admitir exultou com cada cada sms, com cada telefonema... Negando teimosamente o inevitável, mascarou aquela química incontornável de empatia espontânea entre velhos conhecidos.

Mas como há coisas que são mais fortes os encontros assíduos continuaram. E inevitavelmente, vieram as infinitas conversas, os pequenos gestos, as muitas confidências e consequentes cumplicidades. Dos dois, ninguém estava nem aí. Ninguém tinha qualquer tipo de intenção. Ninguém procurava nada.
Ambos encontaram algo.
SURPRESA.
;-)

2 Comments:

Blogger Just Me...S said...

Encontraram o amor??? :)))
Beijocas linda

2:46 da tarde  
Blogger NipponLady said...

Olá!!
Será??? Pois... eventualmente... Quiçá???
vamos esperar pelos próximos capítulos!!!
Beijinho e boa semana prá "peixinha" e seus amores

4:09 da tarde  

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